sexta-feira, 11 de junho de 2010

Esclarecimento aos Mestres do Vale do Ribeira

A atual coordenação – e não diretoria, como se intitularam - da subsede regional da APEOESP do Vale do Ribeira finalmente se comunicou com os seus associados! E para surpresa nossa, não foi para mostrar trabalho, proposta ou informação. Sua carta foi apenas para atacar o Coletivo “APEOESP na Escola e na Luta” , nossa forma atuante e concepção sindical.

Não queríamos entrar em detalhes, mas muitos professores que presenciaram os fatos e estão indignados com as fofocas, pediram-nos para responder publicamente. Também ficou claro para todos que a atual coordenação usa a máquina da APEOESP para fazer a sua campanha: logotipo do sindicato, assinatura da coordenação e recursos financeiros para postagem de centenas de cartas.

Sem nenhuma consulta à base.

Tudo o que está em cinza é o que a articulação sindical escreveu.

Tudo o que está em verde e itálico é a nossa resposta.

Informamos a todos os professores que devido a transtornos causados por uma das correntes que disputa a coordenação e direção da subsede do vale do ribeira, a comissão eleitoral estadual decidiu anular o resultado do último pleito realizado em 08/12/2009 e convocou novas eleições para o dia 17 de junho de 2010.

Quem causou transtorno? Nós que impedimos a saída das urnas pela manhã por não terem sido respeitadas as orientações eleitorais ou a atual direção que não queria a paridade (um de cada grupo) na fiscalização das urnas?

A Comissão Eleitoral Estadual decidiu anular com base em quê? Cadê o documento que comprova isto? Em nenhum documento - estatuto, regimento, orientações – do nosso sindicato prevê quórum de votantes. Mas prevê paridade nas eleições sindicais.

Informamos ainda, para conhecimento e esclarecimento aos professores as causas que levaram a anulação da referida eleição:

- no dia da eleição a ala dissidente, reforçada por mais ou menos 50 (cinquenta) pessoas vindas de sorocaba e baixada santista, chegou na subsede por volta das 06:30h da manhã tentando mudar as regras que já haviam sido acordadas pelos representantes e candidatos das chapas concorrentes, bem como referendadas pela comissão eleitoral regional;

Ala disssidente de quem? Nós não somos ala, muito menos dissidentes deste grupo. Somos um coletivo de educadores. Sempre nos posicionamos criticamente e esse é o nosso dever.

A APEOESP é um sindicato Estadual que tem 93 subsedes regionais. Não há nenhum problema em educadores de outras subsedes serem solidários conosco e contribuírem para que o Vale do Ribeira tenha uma coordenação atuante, combativa e presente nas escolas.

Não precisávamos mudar as regras, a paridade já constava do regimento e da orientação eleitoral elaborada pela própria comissão. A coordenação desta subsede é que não quis cumprir o documento da sua própria instituição.

Cabe lembrar que todos os presentes foram devidamente cadastrados e identificados com CPF e RG entregues antecipadamente, conforme o estabelecido. Eram 20 urnas: um mesário e um fiscal para cada qual.

- esse grupo tentou com grande pressão, ameaças e em altos brados invadir as salas onde se encontravam as urnas para a eleição, impedindo que os membros da comissão eleitoral regional dessem inicio a distribuição das mesmas aos mesários responsáveis pela coleta de votos;

Ninguém ameaçou ninguém. Apenas não aceitamos e não aceitaremos urna sem fiscalização. Quem nos ameaçavam eram os famosos “bate-pau” da CUT que não eram professores e nem estavam cadastrados.

- PARA INTERROMPER A DESCABIDA AÇÃO TRUCULENTA DOS DISSIDENTES LIGADOS À CORRENTE "APEOESP escola e na luta", a coordenação local solicitou o apoio da polícia militar para mediar esta situação constrangedora;

Pois é, quem chama a polícia para os professores é o governo que nos recebe com truculência. O sindicato deve ser instrumento de fortalecimento do professor, pois as divergências são discutidas e votadas em congresso e a partir daí as instâncias da APEOESP devem respeitá-las, portanto é incabível chamar a polícia para educadores que queriam apenas que as regras estabelecidas em outras instâncias da APEOESP fossem respeitadas.

A polícia não pode intimidar um grupo consciente dos seus direitos e deveres. Nem no confronto do Palácio dos Bandeirantes fomos intimidados. Enquanto isto, a coordenação atual seguia a cartilha do governo, furando a greve.

É importante lembrar que de tão descabida a situação, até o policial brincou: “para que nos chamaram aqui, isto é uma questão sindical”.

- como não se chegava a acordo nenhum, a comissão eleitoral regional entendeu que o razoável seria que todos fossem a delegacia de polícia para registrar boletim de ocorrência. Isso serenou um pouco aos ânimos do que pretendiam inviabilizar realização das eleições;

Após a recusa da coordenação em liberar as urnas com a paridade na fiscalização, os policiais – e, não a comissão – ameaçaram resolver o problema na delegacia. Lá a coordenação decidiu finalmente respeitar a paridade.

- por tudo isso, somente a partir das 12h30m, com mais de 4 horas de atraso, as equipes de mesários e fiscais iniciaram a partida da subsede com as urnas para percorrerem as escolas de registro e as dos outros municípios, fato que prejudicou a coleta de votos, impedindo a participação da maioria dos professores da região;

As primeiras urnas saíram às 11h00 para percorrer todas as escolas do Vale do Ribeira, inclusive as de Registro. Sobre a participação da maioria, pelo que consta, no histórico registrado, o número de professores que votam nunca ultrapassou 50% dos cerca de 1.600 filiados. Alguém sabe quando isto ocorreu? Houve fiscalização?

- durante o processo de apuração, no mesmo dia, os militantes da chapa dissidente em total desrespeito com os colegas e com o processo eleitoral em mais uma tentativa de tumultuar o trabalho jogaram na rua, pela janela do prédio da subsede (um sobrado), a lista de votação com a assinatura dos votantes do município de cajati.

Reiteramos que não somos dissidentes da articulação sindical. E porque jogaríamos uma urna pela janela onde obtivemos a grande maioria dos 34 votos? Fomos nós ou os fiscais da CUT que estavam bêbados, tumultuando a contagem e já desejavam impugnar a eleição? Queremos provas do que foi escrito.

Quem não tem proposta, faz fofoca.

Não podemos compactuar nem tolerar ações que afrontam a credibilidade da subsede e desrespeitam os professores de nossa região, só porque um grupo de dissidentes de discutível comportamento moral profissional, quer a todo custo tomar o poder desta instância sindical.

Não somos dissidentes. Não é preciso afrontar ninguém. A direção da subsede perdeu credibilidade no momento em que deixou de impulsionar as lutas como, por exemplo, deixando o processo de municipalização avançar pela região, vendo tudo de braços cruzados.

O poder desta instância sindical é a presença de todos os Representantes de Escolas da região. O voto e a participação podem garantir que a coordenação do sindicato seja fundamentada em preceitos de igualdade, liberdade de pensamento e busca cotidiana pela dignidade da nossa categoria, e não guiada pelo preconceito e total falta de respeito pelos educadores. Mudança já!

Quanto ao discutível comportamento moral, não é somente a nós que vocês ofendem, mas a todos aqueles que confiaram em nosso trabalho e nos elegeram representantes em nossas escolas e, considerando o resultado da eleição anulada, aqueles que querem mudanças.

Esse grupo, cujas lideranças são professores que chegaram a pouquíssimo tempo no vale do ribeira, além de difamar os colegas integrantes da atual coordenação regional, membros do cer e do crr, inventou, do nada, audiências públicas contreducaçãoa a municipalização do ensino nos municípios de cajati e cananéia, onde nã há sequer qualquer intenção das administrações em ampliar a abrangência da municipalização que já existe.

Nosso coletivo não tem lideranças, somos todos professores sindicalizados, alguns nascidos aqui e outros não. Digam-nos: que crime há nisso? Isto é relevante?

Não somos criadores, não inventamos nada.

Nada foi o que a atual coordenação fez para frear a municipalização nos últimos anos. Nas audiências públicas em que foram convidados e se omitiram, os governos tucanos que rezam a cartilha do Serra, afirmaram interesse em cumprir as metas do governo estadual quanto à municipalização.

Além disso, uma audiência pública é um momento de debate e reflexão sobre o que é favorável ou não em determinada circunstância. Não um mero movimento contra isto ou aquilo. A coordenação deveria seguir o exemplo de diretores de escola, coordenadores e professores atuantes, inclusive de Registro, que aceitaram o convite e participaram das audiências públicas.

Neste “pouquíssimo tempo” deixamos evidente nossa força de vontade e coragem para lutar tanto pela educação quanto pela preservação deste querido Vale do Ribeira.

Três candidatos desse grupo dissidente responderão na justiça por ameaça/pertubação da tranquilidade, tentativa de lesão corporal e injúria, conforme b.o's. Registrados pelas vítimas:

-heloísa laura poci e carvalho de almeida - funcionária da subsede;

-aparecida leandro da silva - conselheira secretária, e

-ana lúcia santos cugler - diretora e conselheira estadual.

Se toda divergência de concepção sindical virasse caso de polícia, nenhum sindicato funcionaria. No fundo a coordenação atual da APEOESP, que deveria defender os professores, passa a atacar com acusações e perseguições, assim como faz o governo Serra, usando a estrutura e a polícia para nos intimidar. Não nos intimidaremos. O sindicato deve ser autônomo, independente de governos e partidos políticos.

Quem está difamando quem? Por que será que deixaram passar mais de cinco meses para fazer um B.O. de fatos que consideram tão graves? E justamente agora, na véspera de novas eleições!

Todos que conhecem a subsede do vale do ribeira sabem o quanto a atual diretoria trabalha com dignidade e respeito aos colegas.

Todos? Estão muito enganados. Pelas andanças nas escolas, a grande maioria está revoltada com o abandono da direção e do não cumprimento de resoluções estatutárias e regimentais, como no período do provão dos OFA’s , quando a subsede se encontrou fechada, e durante a greve, com conselheiros estaduais “furando” o movimento, ou seja desrespeitando mais uma vez as deliberações da instituição sindical.

Isto mostra o quanto a diretoria da subsede do Vale do Ribeira está distante da escola. A maior pergunta dos professores nas escolas é: “o que o sindicato está fazendo?”

Pedimos a reflexão de todos para que não sejam enganados com falsas e incoerentes promessas e que procurem conhecer os seus candidatos e suas verdadeira intenções.

Nós não prometemos, nós temos propostas, trabalho e disponibilidade em cumpri-las. Simples assim.

Diretoria da subsede regional da

Apeoesp do vale do ribeira

Coletivo “APEOESP na Escola e na Luta”

Vale do Ribeira

E no dia 17 de junho, vamos mudar a APEOESP!

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