Não há como se falar na
formação da sociedade brasileira sem resgatar suas matrizes: indígena, negra e
branca. Segundo o antropólogo Darcy Ribeiro, não há povo no mundo com tamanha
mistura étnica, devendo o brasileiro ser considerado uma nova etnia.
De acordo com a Lei
Federal 10.693/03 a temática História e Cultura Afrobrasileira está inclusa no
currículo oficial da rede de ensino. E a Resolução nº1/2004 do Conselho
Nacional de Educação (CNE) aprova o parecer CNE/CP/2004 que institui Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o
Ensino da História e Cultura Afrobrasileira e Africana.
A região do Vale do
Ribeira concentra a maior população de remanescentes de quilombos do Estado de
São Paulo. Por esse motivo, devemos refletir sobre a educação aplicada na
região, de modo a valorizar e fortalecer a cultura. Apesar de existir no Brasil
cerca de 1700 escolas quilombolas, há educandos que não estão mais inseridos
nas comunidades de origem, ficando evidente a importância da realização de um
trabalho diferenciado em todas as escolas da nossa região.
Para isso, precisamos
tirar a lei do papel e aplicá-la, sendo o desafio maior mobilizar os educadores
para fazer valer a medida. Assim, nós, professores que estamos a contribuir
junto a APEOESP, em nossa última reunião de Representantes de Escola (R. E) e
Representantes de Aposentados (R. A) - aberta a todos os professores - fizemos
um diálogo sobre Cultura Afrobrasileira e Consciência Negra, além de uma
vivência de Capoeira Angola.
A vivência da Capoeira
Angola foi o marco inicial do projeto que une a APEOESP – Vale do Ribeira e a
ACAIA - Academia de Capoeira Angola Ilê Axé, de Mestre Bigo, sob o intuito de
manutenção e difusão da cultura afrobrasileira.
A história contada pode
ser outra, se o seu sujeito for o narrador.
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