http://www.slideshare.net/APEOESP_Vale_Ribeira/boletim-apeoesp-vale-do-ribeira-novembro-2012
PROFESSOR DO VALE DO RIBEIRA
quarta-feira, 21 de novembro de 2012
PARABÉNS AOS PROFESSORES E ÀS ESCOLAS QUE NÃO SE CURVAM AO SARESP
A avaliação é uma parte
não só importante, mas essencial ao processo de ensino aprendizagem. Dentro de
um Projeto Político Pedagógico sério e construído de forma participativa, é
necessário medir o progresso no aprendizado dos nossos alunos.
No entanto, o SARESP –
Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo - não tem
servido para avaliar o nosso trabalho, a começar pela intervenção na liberdade
de cátedra e também pelo conteúdo avaliado – Currículo Oficial do Estado de São
Paulo - presente no material apostilado, de qualidade duvidosa e
descontextualizado da realidade local.
Mas este não é o
principal problema, já que um bom professor sabe a autonomia que tem ao educar
nossas crianças e jovens. Há alguns anos o governo paulista teve a “genial”
ideia de acoplar o IDESP – Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de
São Paulo – a um pagamento em dinheiro, o famigerado “bônus”. (Em tempo: a nota
da escola no SARESP, junto com o fluxo escolar, compõe o IDESP.)
Ao invés de darem um
aumento isonômico à classe, o governo distribui migalhas a uma parte dos
professores, que – pela situação financeira miserável em que vivemos – acabam
ficando reféns do SARESP.
Financeirizar a educação
tem mais consequências... muitas escolas, visando aumentar o IDESP, fraudam
grosseiramente a nota e a frequência dos alunos, ocultam a evasão escolar,
fazem “vestibulinho” para o SARESP, pedem para os alunos fazerem a prova à lápis,
dispensam os alunos que apresentam baixo rendimento somente nos dias do SARESP,
entre outras barbaridades.
Para a APEOESP, a
Avaliação institucional deve ser feita em cima de parâmetros curriculares e não
de um currículo obsoleto e fechado, como é o Currículo do Estado de São Paulo.
Fraudar a avaliação é assumir um papel que nós professores sempre evitamos.
Enganar adolescentes não contribuirá em nada para sua educação, só aumentando o
gigantesco fosso entre eles e o conhecimento.
O SARESP não avalia o
ensino. Tem somente servido como uma maneira de classificar as escolas e
diretores que vão ganhar mais dinheiro... e de aumentar o assédio de diretores
em cima de professores.
Professores, não se
enganem. Não permitam a fraude no SARESP. Fiscalizem passo a passo a avaliação
na sua escola. Procurem o nosso jurídico. Denunciem a farsa da educação
paulista.
AFRICANIDADES
Não há como se falar na
formação da sociedade brasileira sem resgatar suas matrizes: indígena, negra e
branca. Segundo o antropólogo Darcy Ribeiro, não há povo no mundo com tamanha
mistura étnica, devendo o brasileiro ser considerado uma nova etnia.
De acordo com a Lei
Federal 10.693/03 a temática História e Cultura Afrobrasileira está inclusa no
currículo oficial da rede de ensino. E a Resolução nº1/2004 do Conselho
Nacional de Educação (CNE) aprova o parecer CNE/CP/2004 que institui Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o
Ensino da História e Cultura Afrobrasileira e Africana.
A região do Vale do
Ribeira concentra a maior população de remanescentes de quilombos do Estado de
São Paulo. Por esse motivo, devemos refletir sobre a educação aplicada na
região, de modo a valorizar e fortalecer a cultura. Apesar de existir no Brasil
cerca de 1700 escolas quilombolas, há educandos que não estão mais inseridos
nas comunidades de origem, ficando evidente a importância da realização de um
trabalho diferenciado em todas as escolas da nossa região.
Para isso, precisamos
tirar a lei do papel e aplicá-la, sendo o desafio maior mobilizar os educadores
para fazer valer a medida. Assim, nós, professores que estamos a contribuir
junto a APEOESP, em nossa última reunião de Representantes de Escola (R. E) e
Representantes de Aposentados (R. A) - aberta a todos os professores - fizemos
um diálogo sobre Cultura Afrobrasileira e Consciência Negra, além de uma
vivência de Capoeira Angola.
A vivência da Capoeira
Angola foi o marco inicial do projeto que une a APEOESP – Vale do Ribeira e a
ACAIA - Academia de Capoeira Angola Ilê Axé, de Mestre Bigo, sob o intuito de
manutenção e difusão da cultura afrobrasileira.
A história contada pode
ser outra, se o seu sujeito for o narrador.
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PEDAGOGIA SISTÊMICA
A subsede da APEOESP do
Vale do Ribeira, em sua última Reunião de Representantes, realizada no dia 23
de outubro de 2012, também trouxe uma oficina sobre Pedagogia Sistêmica, aberta
a todos os interessados. Nesta atividade, tivemos a participação de professores
de diversas áreas e de duas assistentes sociais.
Este campo do saber
rompeu os limites terapêuticos de onde se originou, denominado Constelações
Sistêmicas, alcançando a área da Educação, onde se baseia na inclusão, não
confrontando com outras metodologias, mas acrescentando novos recursos à
prática educacional.
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